Pessoas à Margem
Exposição Individual no Fórum Internacional dos Direitos Humanos no Tribunal Superior do
Trabalho, Brasília, DF - 2004
Pessoas à Margem
Série que aborda temas sociais, principalmente os relacionados com a criança.
Quadros que chamam a atenção para fatos do dia a dia, que muitas vezes fazemos questão de ignorar, é meu desabafo e minha forma de contribuir para fim da desigualdade e da exclusão.
As cenas foram totalmente criadas tendo o real como ponto de partida. Somente em alguns casos como ponto de chegada.
Retratos que resgatam a dignidade do povo brasileiro., Nessas telas abordei temas relacionados a preconceito, trabalho infantil e abandono.
Antonio Santoro Júnior
Prof. de Estética e História da Arte, Crítico de Arte – Museólogo – Curador
Na linguagem plástica tradicional, o traço, quando solicitado do interior do artista para expresser suas ideias, seja através do lapis, do pincel, ou do próprio gesto, esboça um diálogo de representação, documentação, alegoria ou simbologia com o espectador.
Esses diálogos serão efetivamente plásticos quando revelados pelo traço firme do artista…
Traço firme, bom traço, é uma qualidade plástica de Canato, perceptível em suas propostas, transparece como material, forma ou espírito, levando-mos a deveneios através de seus diálogos.
Crônica de Arte para o Jornal de Piracicaba – 1999
O pintor Claudio Canato é um artista plástico paulistano com um magnífico acervo que o coloca entre os primeiros no gênero.
Nessa exposição sua pintura da fase renascentista é um festival de técnica, de cores, de luzes e de sombras e de formas que nos encanta.
A trajetória estilística de Canato é prodigiosa, viajando por diferentes épocas e assuntos que fazem dele um pintor vigoroso e versátil, apaixonado pelo ser humano e pela vida com toda sua excentricidade.
Canato não pinta marinhas, nem tacho de cobre, nem natureza morta. Ele pinta gente. Pinta o ser humano em glória e esplendor na fase renascentista em pobreza e humildade na fase dos excluídos.
Nessa fase dos excluídos estão os meninos de rua - pobres, famélicos mas sorridentes e de olhos brilhantes. São pássaros de Deus que o artista captou em suas telas com toques de genialidade.
Na pintura de capelas brasileiras, Canato se supera a si mesmo na decoração de tetos e paredes numa riqueza de espiritualidade, numa perfeição de traços que embevecem os expectadores confirmando suas próprias palavras: "que a arte extrapola a religiosidade, pois ela em si já é religião".
A Exposição de Canato é sem dúvida um grande momento de pintura, em qualquer tempo ou lugar, que merece ser apreciada e visitada.