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Pacem in Terris 

Salão dos Arcos - edifício Júlio Prestes - 1995

(…)A exposição no Salão dos arcos II marca a restauração do Edifício Júlio Prestes, em 1995.

A mostra dedicada em seu conjunto à “Mãe Terra”, é voltada para o belo clássico acompanhada de um Concerto Comemorativo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Destaque para a série “Os Quatro Elemento”, onde os temas da água, terra, fogo e ar exprimem o importante conteúdo simbólico do trabalho do artista muitas vezes referido à tradição mitológica greco-latina.

O caráter renascentista dos trabalhos delineia um sentido de continuidade a partir dos mestres do passado, em que incorpora, ao mesmo tempo, elementos singulares da expressão contemporânea(…) 

Jornal do Empresário 

Informativo da Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul – Ano III – Dezembro de 1995.

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Em um mundo conturbado, onde a agitação e a violência corroem os valores espirituais e desvirtuam as regras do comportamento humano, busca-se a paz como solução para o equilíbrio do espírito.

À necessidade de harmonia, a expressão da beleza tranquila, encontram-se evidentes nesta exposição que, com muita propriedade, o jovem artista 

CANATO intitula “Pacem in Terris", inaugurando o Salão dos Arcos II do Edifício Júlio Prestes, às vésperas do mês do Advento.

Longe de ser uma exposição de caráter eminentemente religioso, a predominância de seu misticismo é uma constante. “Ressureição de Cristo”, obra dedicada a sua Santidade o Papa João Paulo II, tanto quanto “Os Quatro Elementos”, são quadros que se complementam no misticismo e na religiosidade, assim como outros.

Algumas de suas figuras reportam-se à mitologia  grega tão em voga no Neoclassicismo e outras nos aproximam do Renascimento florescente. A impressão de leveza percorre os trabalhos que integram sua obra. A maneira com que se dispões os elementos inseridos na composição sugere, em alguns quadros, um movimento flutuante.

Falar em influências é caminho muitas vezes duvidoso. Observamos, sim, a peculiaridade de suas cores em contextos que poderiam ser tanto do passado quanto do presente. O misticismo, aliado à mitologia, convida a reflexões simbólicas, ao exercício do espírito em busca de ideais supremos.

O interesse pelo ser humano, a melhoria de suas condições espirituais, em contraposição ao mundo caótico que o envolve, é preocupação constante e evidente na obra do artista.

As paisagens de seus quadros recentes são um convite à meditação e nos envolvem na paz que tanto almejamos.

Figura expressiva dos meios artísticos nacionais, CANATO traz uma bagagem de grande significado, onde suas obras tem despertado a atenção da crítica e do público. O artista afasta-se de escolas e de ismos;  não procura a modernidade apenas para se mostrar moderno. Segue seu caminho a passos largos, com firmeza e competência, colocando em sua obra o melhor de sua emoção.

                                                                                                     

EMANUEL VON LAUENSTEIN MASSARANI

Crítico de Arte, integrante das Associações 

 Brasileira e Internacional de Críticos de Arte. 

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